sexta-feira, 15 de maio de 2020

Campos de lágrimas


A história do século XX ficou tragicamente marcada pela existência de campos de concentração nazis em que morreram mais de seis milhões de pessoas. Nunca a crueldade humana atingira antes níveis tão aterradores.
“Campos de Lágrimas” tem como cenário central o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha. Uma família portuguesa visita o campo e a cidade de Weimar, situada a apenas oito quilómetros, para reencontrar a memória de um familiar que ali morreu depois de ter combatido na Guerra Civil de Espanha e de se ter exilado em França.
A visita a Buchenwald é o pretexto para se falar de outros campos de horror criados pelos nazis e da forma como seres humanos, em determinadas situações, são capazes de torturar, humilhar e matar em massa os seus semelhantes.

1 comentário:

  1. O livro que eu escolhi foi “Campo de lágrimas” de José Jorge Letria. Escolhi este livro, porque gosto muito de ler sobre acontecimentos do passado. Quando vi a capa do livro, com uma imagem de um símbolo nazi, associei logo ao tempo em que Hitler governava a Alemanha.
    Este livro fala-nos de uma família portuguesa (o pai Francisco, a mãe Joana, o filho João e a filha Sofia), que viajou para Weimer na Alemanha. Eles escolheram especificamente essa cidade, porque é aí que existe o campo de concentração de Buchenwald, onde morreu o bisavô de Sofia e João.
    Quando chegaram à cidade de Weimer, eles foram visitar o campo de concentração de Buchenwald, onde encontraram uma senhora chamada Lolanda, que era a sua guia. Lolanda era de origem judaica. Quando andavam pelos corredores tristes e sombrios, que só lhes traziam más lembranças e pensamentos, Sofia reparou numa casinha nas traseiras do campo e com a sua curiosidade, perguntou a Lolanda do que se tratava.
    Lolanda respondeu “Os guardas dos campos usavam todos os mesmos métodos, tentando torná-los iguais pela fome, pela humilhação, pela pancada, pela tortura, pelo medo e pela falta de condições mínimas de higiene. Desse modo transformavam, ou, pelo menos, tentavam transformar seres humanos em animais. Para que o terror não tivesse pausas, os prisioneiros eram constantemente chamados para a parada do campo, muitas vezes com temperaturas negativas, para se proceder à sua contagem e recontagem. Isso tanto podia acontecer a meio do dia como durante a madrugada.”
    No fim de visitarem o campo, como homenagem a todas as pessoas que morreram naquele sítio de horror, Lolanda pediu que colocassem a mão na placa á sua frente onde tinha todas as nacionalidades das pessoas que tiveram o seu fim no campo.
    João perguntou a razão pela qual a placa estava quente e Lolanda respondeu “É precisamente essa mensagem que nós queremos que tu leves daqui. Esta placa metálica que homenageia todos aqueles que aqui morreram tem uma temperatura constante de 37 graus centígrados. Porque é a temperatura do corpo humano e isso é que nos torna a todos iguais. Podemos falar línguas diferentes, ter diferentes grupos sanguíneos, vir de vários continentes e ter diferentes cores de pele. Mas uma coisa é certa: todos temos uma temperatura média do corpo igual a esta e é isso que também nos define como seres humanos. Se nos lembrarmos sempre desta mensagem, nunca deixaremos que nada se sobreponha à nossa condição de humanos.”
    Quando acabaram a visita, foram para casa e enquanto estavam a jantar, nunca se esqueceram das palavras de Lolanda.
    No dia seguinte, foram visitar a casa do escritor alemão chamado Göethe. O pai explicou que a casa estava muito destruída, porque na segunda guerra mundial caíram bombas, perto da casa. A casa do escritor Göethe, agora é um Museu. Durante a visita não conseguiam para de pensar como é que em Weimer havia coisas tão belas e com muita cultura e ainda haver um sítio que foi um Lugar de Horror. Quando estavam a voltar para casa João e Sofia disseram ao pai que agora já tinham muita coisa para contar aos seus amigos e professores.
    Como leitora, eu achei o livro tão bom e agradável, que não fazia nenhuma alteração. Na minha opinião, o escritor, José Jorge Letria, fez um ótimo trabalho ao escrever esta bela obra.
    No livro há uma frase que me cativou: “Aquela pequena cidade alemã do Estado da Turíngia mais parecia um museu vivo, uma enciclopédia que, aberta numa página ao acaso, teria sempre revelações surpreendentes para fazer.”
    Esta frase cativou-me, porque dá a ideia que esta cidade contém muitos locais espantosos e também, porque é surpreendente como é que uma cidade tão pequena consegue ter monumentos de tanto valor e que significam muito para a história da humanidade.
    Eu recomendaria este livro aos meus colegas, porque é uma obra que nos faz pensar nas coisas horríveis que o ser humano pode fazer. Também acho que devemos ler mais obras assim, porque é a ler e a pensar nos assuntos que nós vamos conseguir mudar e assim não voltarmos a repetir este erro.

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